sábado, 28 de fevereiro de 2009

nick cave - red right hand




NICK CAVE & THE BAD SEEDS


RED RIGHT HAND

Dê uma volta nos subúrbios
Através das linhas
Dos vultos dos viadutos,
Tal um pássaro da condenação
Quando se precipita e morre
Onde os segredos estão nas fogueiras,
Nas cercas de arame
Ei, cara, você sabe
Você nunca vai voltar
Ultrapasse o quarteirão, e a ponte,
Passe os moinhos e os pilares
Numa tempestade que vem
Um homem elegante
Num casaco empoeirado
Com uma rubra mão direita

Ele vai te envolver nos braços
Dizer-te que você tem sido um bom garoto
Vai reanimar todos aqueles sonhos
Que você levou a vida pra destruir
Ele vai fundo no buraco,
A curar sua alma encolhida
Mas não será uma coisa simples
Que você possa fazer
Ele é um deus, ele é um homem
Ele é um espectro, ele é um guru
Eles estão sussurrando o nome dele
Através da terra que desaparece
Mas oculta em seu casaco
Está uma rubra mão direita

Você não alguma dinheiro?
Ele vai levar algum
Tem você um carro?
Ele levará um
Você não tem auto-estima,
Você se sente um inseto
Bem, não se esquente, colega
Porque ele virá
Através do gheto e do bairro
Dos subúrbios e das favelas
Uma sombra por onde ele passa
Pilares de papel verde na dele
Rubra mão direita

Você o verá nos pesadelos
Vai encontra-lo nos sonhos
Ele vai aparecer do nada
E não é o que parece ser
Você o verá na sua mente
E nas telas de TV
E ei, colega, estou te avisando
Para desligar logo
Ele é um espectro, é um deus
É um homem, é um guru
Você é uma engrenagem microscópica
Num plano catastrófico
Desenhado e dirigido
Pela rubra mão direita dele.

Trad. livre by Leo Magalhaens


NICK CAVE & THE BAD SEEDS

RED RIGHT HAND

Take a little walk to the edge of town
Go across the tracks
Where the viaduct looms,
like a bird of doom
As it shifts and cracks
Where secrets lie in the border fires,
in the humming wires
Hey man, you know
you're never coming back
Past the square, past the bridge,
past the mills, past the stacks
On a gathering storm comes
a tall handsome man
in a dusty black coat with
a red right hand

He'll wrap you in his arms,
tell you that you've been a good boy
He'll rekindle all those dreams
it took you a lifetime to destroy
He'll reach deep into the hole,
heal your shrinking soul
But there won't be a single thing
that you can do
He's a god, he's a man,
he's a ghost, he's a guru
They're whispering his name
through this disappearing land
But hidden in his coat
is a red right hand

You don't own any money?
He'll get you some
You don't have no car?
He'll get you one
You don't have no self-respect,
you feel like an insect
Well don't you worry buddy,
cause here he comes
Through the ghetto and the barrio
and the bowery and the slum
A shadow is cast wherever he stands
Stacks of green paper in his
red right hand

You'll see him in your nightmares
you'll see him in your dreams
He'll appear out of nowhere but
he ain't what he seems
You'll see him in your head,
on the TV screen
And hey buddy, I'll warning
you to turn it off
He's a ghost, he's a god,
he's a man, he's a guru
You're one microscopic cog
in his catastrophic plan
Designed and directed by
his red right hand

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

PINK FLOYD - Sorrow





PINK FLOYD

SORROW
Mágoa


Um adocicado cheiro de uma grande mágoa jaz sobre
a terra
Plumas de fumaça elevam-se e se misturam no céu de
chumbo
Um homem dorme e sonha com campos verdejantes e
rios,
Mas desperta para a manhã sem razão para acordar.

Ele está assombrado pela memória de um paraíso
perdido
Em sua juventude ou sonho, ele não tem certeza
Ele está preso pra sempre ao mundo que está morto

Não é suficiente, (2x)

Seu sangue tem congelado e coagulado com medo
Seus joelhos têm tremido e entregado caminho na noite
Suas mãos estão enfraquecidas no momento da verdade
Seu passo tem vacilado

Um mundo, uma alma,
O tempo passa, o rio segue.

E ele fala ao rio de perdido amor e dedicação
E silenciosas respostas que geram convites
Flui negro e agitado a um mar de óleo
Uma severa intimação do que será

Há um incessante vento que sopra através da noite
E há poeira em meus olhos, que cega a minha visão
E silêncio que fala mais alto que palavras,
De promessas quebradas.




Lyrics by David Gilmour


Trad. by Leonardo de Magalhaens








segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009




PINK FLOYD


THE WALL


Nobody Home

Ninguém em casa


Eu tenho um pequeno livro negro com meus poemas.
Tenho uma mala, uma escova de dentes e um pente.
Quando sou um bom cão, eles às vezes me jogam
um osso.
Eu tenho uma faixa elástica onde prendo meus sapatos.
Tenho essas inchadas mãos azuis.
Tenho treze merdas de canais na TV para escolher.
Eu tenho luz elétrica,
e tenho uma segunda visão.
Tenho surpreendentes poderes de observação.
E de tal maneira que sei,
que quando tentar falar,
ao telefone com você,
não estará ninguém em casa.

Eu tenho a guitarra de Hendrix,
e inevitáveis marcas de queimaduras,
tudo debaixo da frente da minha camisa de cetim favorita.
Eu tenho manchas de nicotina em meus dedos.
Eu tenho uma colher de prata numa corrente.
Tenho um grande piano para apoiar meus restos mortais.
Tenho olhos que fitam ferozes.
E tenho um forte desejo de voar,
Mas eu não tenho lugar algum para onde voar
(- voar... voar... voar...)

Oooooooo Babe,
Quando eu pego o telefone,
ainda não há ninguém em casa.

Eu tenho um par de botas Gohill,
e tenho raízes que somem.



Trad. LdeM